O Delegado Paulo Josafá, de 72 anos, Coordenador da 10 Delegacia Distrital de Tambaú, em João Pessoa, Paraíba, em recente entrevista concedida a Jornalista Thaísa Aureliano, da "TVC - TV Cidade João Pessoa", sob o título "60 É MAIS - PAULO JOSAFÁ", disponível no YouTube, compartilhou suas experiências e reflexões sobre o envelhecimento, destacando a importância da busca contínua pelo conhecimento e a superação de preconceitos relacionados à idade. A entrevista oferece uma perspectiva inspiradora sobre como é possível reinventar-se e evoluir em qualquer fase da vida.
Analisando a entrevista
É inspirador ver alguém, que é de Santa Luzia-PB, Paulo Josafá, e que até já participou do nossp grupo WhatsApp Rede Sertão PB, demonstrar que nunca é tarde para buscar conhecimento e evolução.
Etarismo
Mesmo sendo, em média, 20 anos mais novo do que ele, eu achava que talvez fisicamente não pudesse acompanhar exercício assim (no meu caso específico e por fatores pessoais), mas exemplos como esse nos incentivam a superar essas barreiras.
A questão do etarismo é algo que muitos acabam internalizando sem perceber, que é meu caso, eu tenho esse preconceito comigo mesmo, mas histórias assim nos ajudam a quebrar esses preconceitos.
Os livros e o aprendizado
Sobre os livros, é exatamente isso que sempre digo, o tempo vai passar de qualquer jeito, então por que não usá-lo para aprender?!
Infelizmente, muita gente não dá valor a isso, não quer saber de estudar, não lê um livro. Como sempre digo, ninguém sabe mais do que ninguém; não é porque você vai ler um livro que será melhor do que os outros. Há uma frase atribuída a Will Rogers que diz: "Todos nós somos ignorantes, só que em assuntos diferentes." Isso nos lembra que cada pessoa tem seu próprio conjunto de conhecimentos e áreas de ignorância. Reconhecer isso é fundamental para manter a humildade e a disposição para aprender continuamente.
Portanto, ao invés de nos compararmos com os outros, devemos focar em nosso próprio crescimento e aprendizado. Afinal, o conhecimento é uma jornada pessoal e contínua, e nunca é tarde para começar ou recomeçar.
Antropologia
Quanto a questão que se refere a escolha do mestrado, vindo ele, como delegado, da área criminal e indo para a antropologia, pode parecer, à primeira vista, um movimento inesperado (na entrevista ele fala que foi alguém do curso que falou), porém, essas duas áreas têm pontos de interseção importantes, principalmente quando consideramos a antropologia forense.
Enquanto delegado, ele lidava diretamente com comportamentos humanos em situações extremas, investigando crimes e entendendo motivações. A antropologia forense, por sua vez, aplica métodos antropológicos na investigação criminal, auxiliando na identificação de vítimas e na reconstrução de eventos, revelando como o estudo do ser humano pode ser útil em contextos legais. Assim, essa transição não é tão distante quanto parece, pois ambas as áreas exploram as complexidades do comportamento humano.
Além disso, ao ampliar seu campo de estudo para a antropologia geral, ele passa a examinar o ser humano em uma perspectiva mais abrangente, considerando aspectos culturais, sociais e biológicos. A antropologia busca entender o ser humano como um todo, suas culturas, rituais, evoluções e comportamentos, indo além do contexto criminal. E, assim como a antropologia forense, outras disciplinas, como, por exemplo, dentro da área criminal, a psiquiatria forense, também interligam o comportamento humano e a investigação criminal, analisando aspectos da psique e comportamentos em casos legais. Portanto, essa mudança de foco enriquece sua compreensão do comportamento humano, ampliando seu leque de ferramentas para interpretar a complexidade das relações humanas.
Henrique Melo - Rede Sertão PB
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